quinta-feira, 26 de março de 2015

Tripó

Genilton Vaillant de Sá é o criador do tripó cujo nome, como explica o autor, “vem de trípode (do grego tripous), que significa banco de três pés de onde a Pitonisa ou Pítia (Sacerdotisa de Apolo - deus da poesia) proferia os seus Oráculos do Templo de Delfos”
Essa composição poética tem como base o número três (tri):
- 3 tercetos;
- 3 esquemas de rimas (com repetição de rimas nas 3 estrofes ao menos um verso da estrofe seguinte deve obrigatoriamente rimar com um verso da estrofe anterior);
- versos de 3 pés: todos dodecassílabos (trimétricos), decassílabos (sáficos), eneassílabos (arte-maior); permite a métrica mista (3 métricas citadas, que acompanham a variação da rima);
- o 1º verso do poema repete-se como 2º da 2ª estrofe e como 3º da 3ª, fechando o poema.



Fonte: SÁ, Genilton Vaillant de. Universos de Versos Diversos: Um horizonte de eventos poéticos. Vitória: GSA, 2011.






Café cheiroso

O café a evolar-se cheiroso...
Ante a xícara, bela mulher.
O sorriso, um olhar solto quer.

Não percebe, abstraída, sequer
O café a evolar-se cheiroso.              
Em que pensa? Na vida sem gozo?

Sua face, um contraste curioso
Com o azul. Em um tempo qualquer,
O café a evolar-se cheiroso.

Mardilê Friedrich Fabre

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